Jornadas de Inglês do DEINA
‘Ecos da Revolução Portuguesa na Imprensa Britânica (The Guardian, 1974)’
Em Abril de 1974, imediatamente após a Revolução que rapidamente passaria a ser conhecida, nomeadamente no estrangeiro, como a Revolução dos Cravos, a imprensa britânica noticiou gradualmente o desenrolar dos acontecimentos, recorrendo a jornalistas ingleses, mas também portugueses residentes no Reino Unido, como aconteceu com o jornal The Guardian que, como os demais jornais britânicos nacionais e regionais, fez a cobertura do ‘25 de Abril’. O presente estudo analisa a ‘cobertura’ do referido episódio histórico através da análise das várias preocupações britânicas e nuances e narrativas ideológicas representadas ao longo de vários textos publicados durante o ano de 1974.
‘Rogério Miguel Puga' é Professor Associado na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e investigador do Centro de Estudos Ingleses, de Tradução e Anglo-Portugueses, bem como do Centro de Humanidades, dessa Universidade, e do Centro de Estudos Comparatistas da Universidade de Lisboa. Publicou mais de 100 artigos, capítulos e livros sobre literaturas e culturas contemporâneas portuguesa e inglesa, mitos nacionais portugueses e ingleses, estudos anglo-portugueses e pós-coloniais, escrita de viagens e história de Macau, que são as suas áreas de interesse. Publicou recentemente (2023), em Macau, um catálogo sobre as Representações Oitocentistas de Macau no Peabody Essex Museum, em Salem, nos Estados Unidos. Outros livros publicados: Translation and Transposition in the Early Modern Period: Knowledge, Literature, Travel (Routledge, 2024); Chronology Of Portuguese Literature 1128-2000 (Cambridge Scholars Publishing, 2020); The British Presence in Macau, 1635-1793 (Royal Asiatic Society, 2013); O Essencial sobre O Romance Histórico (2006).
‘Faces da Revolução na Cultura Britânica’
Esta palestra pretende centrar-se nos desenvolvimentos históricos, nos debates ideológicos e nas representações literárias de revoluções reais ou previstas, a fim de mostrar que a ideia de uma ruptura súbita e clara com o passado ganhou comparativamente pouca aceitação na cultura britânica ao longo dos séculos. Em vez disso, predominou um espírito incremental. A questão não é que as revoluções nunca tenham sido planeadas e tentadas. Acontece, antes, que a abordagem predominante à ideia de revolução tem sido aquela que ou nega o carácter revolucionário das mudanças mais profundas ou, se o reconhece, é aquela que ridiculariza as revoluções como males e erros. Os autores abrangidos vão desde William Shakespeare e John Milton no início do período moderno até ao socialista George Orwell e ao fascista Oswald Mosley no século XX.
Jorge Bastos da Silva (Professor Associado da Faculdade de Letras da Universidade do Porto) trabalha principalmente nas áreas da Literatura e Cultura Inglesa (especialmente o período entre a Restauração e o Romantismo), História Intelectual (nomeadamente relacionada com os Estudos Utópicos) e Estudos de Tradução e Recepção (com foco nas trocas culturais entre Grã-Bretanha e Portugal). É autor e editor de vários livros, entre os quais: John Milton em Portugal. Os Poemas Vertidos por José Amaro da Silva em 1819, 2023 Em Torno de Walter Scott. Problemáticas de Identidade, 2021; Anglolusofilias. Alguns Trânsitos Literários, 2018; English Literature and the Disciplines of Knowledge, Early Modern to Eighteenth Century: A Trade for Light, 2017; O Discurso sobre a Tradução na Literatura Portuguesa (Classicismo e Romantismo) – Antologia, 2015; Tradução e Cultura Literária. Ensaios sobre a Presença de Autores Estrangeiros em Portugal, 2014; The Epistemology of Utopia: Rhetoric, Theory and Imagination, 2013; A Instituição da Literatura. Horizonte Teórico e Filosófico da Cultura Literária no Limiar da Modernidade, 2010; Shakespeare no Romantismo Português. Factos, Problemas, Interpretações, 2005. Foi Presidente da APEAA (Associação Portuguesa de Estudos Anglo-Americanos) entre 2021 e 2023.